Kiss
# Katty #
________________________________________________________________
5º Capítulo
-Foi a primeira vez
que isso aconteceu, e sabes porquê? – abanei a cabeça negativamente e ela
sorriu – Porque não estavas à minha espera, como das outras vezes, e estavas
mais preocupado se haverias de levar qualquer coisa para a Eleanor ou não!
Ela fez um sorriso, orgulhosa do seu
raciocínio.
-Estás enganada! –
tentei contrariar.
-Será que estou,
Louis? Será? E põe mais M&M’s na taça, que ela gosta! – ela sorriu e
desapareceu.
Wow! Isto foi mais estranho que o normal.
Volto para a sala, depois de ter enchido a
taça com chocolates, e ouço-os a conversar.
-Será que estou
mesmo? – vi-o a sussurrar-lhe qualquer coisa ao ouvido e ela corou.
-És um parvo… - a
Eleanor mandou-lhe uma pequena lapada no braço.
-De que estão a
falar? – decido interromper, atirando o twix ao Harry, que facilmente o
apanhou.
-O Harry acha que…
eu não consigo ver um filme de terror inteirinho e sem gritar! – arranjou uma
desculpa à pressa.
-Isso mesmo!
Será que devo castiga-los por me estarem a
mentir? Na minha cabeça acendeu-se uma lâmpada.
-Então vamos lá
provar isso!
Dirigi-me ao armário, onde tinha milhentos
filmes. Foi difícil achar um de terror, visto que, mesmo não querendo admitir,
o Harry tem medo desse tipo de filmes.
Finalmente encontrei o melhor filme de terror
de sempre “Sinister- a entidade do mal”.
O Harry sentou-se num sofá sozinho e eu fiquei
ao lado da Eleanor no sofá grande.
Pus no play e o filme começou.
Eu ia comendo M&M’s enquanto via o Harry a
esconder a cara numa almofada e sentia a Eleanor a agarrar-me o braço. Estava com
uma vontade de rir medonha! Não é que o filme não fosse assustador, porque era
(bastante até), mas depois de o vermos 1001 vezes já não mete medo.
Sito a Eleanor a esconder a cara no meu
pescoço e lembro-me que a Kelly fazia exactamente o mesmo.
Assim que acabou o filme, olho para o Harry e
vejo-o agarrado a uma almofada e com os olhos muito arregalados. Riu-me da
situação e, quando me levanto, sou puxado para baixo.
-Eleanor, já me
podes largar! O filme já acabou!
Ela largou o meu braço, um bocadinho a medo e
agarrou-se ao sofá.
Vou tirar o filme e, quando olho para o meu
braço, vejo as marcas que as unhas da Eleanor provocaram na minha pele. Sorriu,
pego na taça de M&M’s e levo-a para a cozinha.
-Querem comer alguma
coisa? – eles acenaram negativamente com a cabeça – Eleanor, já é meia-noite! Queres
que vá contigo até tua casa?
-Posso dormir aqui? –
ela olhou para mim e fez beicinho – Por favor!
-Por mim tudo bem! Harry?
– olhei para ele, que ia a subir as escadas.
-É na boa! Vou para
a cama, boa noite!
Ele subiu as escadas e eu conduzi a Eleanor
até ao quarto de hóspedes.
-Vais ficar aqui! Parece-te
bem?
-Sim! Hum… Louis? –
virei-me para ela – Não tenho nada para vestir… - ela corou um pouco e
prosseguiu – Podes, hum… Emprestar-me a tua camisola?
-O quê? Esta? –
apontei para a t-shirt branca que trazia vestida e ela afirmou com a cabeça. Tirei
a t-shirt e dei-lha – Toma! Dorme bem, princesa!
Dei-lhe um beijo na testa e dirigi-me para o
meu quarto, ainda surpreendido com o que acabara de fazer.
(…)
Devia ser por volta das 3h da manhã, quando
alguém me toca no ombro.
Viro-me, ainda ensonado, e tento perceber quem
é (mas como eu sou inteligente, não abri os olhos).
-Que queres, Harry?
-Não é o Harry!
-ELEANOR! – abro os olhos
e sento-me na cama – Que estás aqui a fazer?
Acendo a luz do candeeiro e vejo-a com a minha
t-shirt a dar-lhe pelo meio das cochas e quase completamente colada ao seu
corpo.
-Chama-me El, Louis!
Já te disse mil vezes para o fazeres…
Ela sentou-se ao meu lado. Do seu rosto,
escorriam gotas de suor.
-Que se passou? –
afastei o seu cabelo dos olhos.
-Eu tive um pesadelo
horrível e foi tão real e assustador! – ela olhou para o chão e corou muito –
Quero pedir-te uma coisa, mas não tenho coragem…
Se ela teve um pesadelo, talvez queira dormir
comigo para se sentir protegida, era o que a Kelly fazia antes de namorarmos. Mas,
como é óbvio, ela não me vai pedir isso… se for eu a perguntar talvez me ache
um tarado, ou assim, e eu não quero isso…
-Queres dormir aqui?
– as palavras fugiram da minha boca, antes que as pudesse deter.
-Obrigada! Isso seria
espantoso!
Ela sorriu muito, visivelmente agradecida por
não ter que me pedir nada.
Puxo os lençóis para trás e ela deita-se à
minha beira. Cobrimo-nos e quando vou a fechar os olhos ela pergunta-me:
Ignorem a legenda, supostamente ela deveria dizer " podes abraçar-me?" |
-Hum… Louis! Podes,
hum… abraçar-me?... Por favor!
Fico surpreendido com o seu pedido, mas, sem
dizer nada, viro-me de novo para ela e abraço-a.
(…)
Sem comentários:
Enviar um comentário